Com o avanço da inteligência artificial, criminosos têm utilizado a tecnologia para recriar vozes e aparências de pessoas, aplicando golpes cada vez mais sofisticados. As falsificações se tornam extremamente parecidas com as vozes reais, dificultando a identificação das fraudes. No Brasil, houve um aumento de 17% nos casos de estelionato por meio eletrônico no último ano.

Em entrevista à Rádio Manchete, o advogado criminalista Leonardo Mendonça, especialista em crimes cibernéticos, afirma que o maior desafio enfrentado pela Polícia e pelo Ministério Público é identificar a autoria desses crimes. Isso porque os estelionatários conseguem burlar mecanismos de rastreamento e verificação.

O especialista alerta que, nesses casos, o mais importante para as vítimas é reunir o máximo de provas possíveis, como documentos, informações e capturas de tela, para auxiliar nas investigações.

O estelionato tradicional é punido com reclusão de 1 a 5 anos. A fraude eletrônica, incluída no Código Penal em 2021, prevê penas de 4 a 8 anos de prisão. A nova modalidade abrange crimes cometidos por meios digitais e ligações telefônicas.

“Os grandes problemas continuam sendo a execução da pena, devido às brechas na lei, e a reincidência. O estelionatário costuma ser um criminoso em série, que migra entre crimes virtuais, pessoais e documentais”, explica Mendonça.

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